Sob o lema “That’s how tomorrow works”, 14 líderes de opinião e empresários se reuniram na primeira edição do WeWork LATAM Summit para discutir e refletir sobre as mudanças que estão sendo vivenciadas global e regionalmente em função da pandemia COVID-19, especialmente no que diz respeito ao futuro do trabalho.
“Talvez o escritório tradicional esteja morto. Mas o espaço de trabalho flexível está mais vivo e relevante do que nunca. Todos nós precisamos de espaço, espaço para concentrar, para criar, para inovar e acima de tudo para colaborar.”, apontou Marcelo Claure, CEO da Softbank Group International; CEO da SoftBank Latin American Fund e Presidente Executivo da WeWork, durante a abertura do evento.
Porém, a necessidade de um espaço de trabalho não afasta a preocupação que empregadores e colaboradores enfrentam ao pensar em retornar aos escritórios: será possível compartilhar ideias e colaborar com outras pessoas, em um espaço que nos faça sentir seguros? “Sabemos que o espaço flexível não significa nada se não priorizarmos a saúde e a segurança.”, observou Claure. “Em todos os nossos locais, aplicamos novos protocolos. Nós aumentamos o alcance e a frequência da limpeza, priorizamos o espaço pessoal com ambientes desdensificados, áreas de trabalho individuais e salas de reuniões reconfiguradas, melhoramos os sistemas de ar-condicionado para uma melhor circulação do ar.”
Implementar protocolos e educar
Assim como na WeWork se incorporou sinalização específica, para que os associados e visitantes possam relembrar de forma amigável quais são as diretrizes a serem seguidas para a tranquilidade e segurança de todos, todas as empresas ao redor do mundo devem não só implementar os protocolos, mas também contribuir para informar sobre estes entre seus colaboradores.
“Foi um momento difícil, lembro-me, no início deste processo, quando já tínhamos distribuído as máscaras mas ainda não tínhamos as informações de como seguir…” disse Simón Borrero, CEO da Rappi, em entrevista com David Luna durante o evento. “Nessas primeiras semanas, a informação ainda não estava tão clara e haviam colaboradores da Rappi que se reuniam entre eles e conversavam sem a máscara.”, comentou. “O que decidimos fazer foi sair na rua com máscara, fui pessoalmente falar com os entregadores da Rappi. Gravamos vídeos com eles na rua, orientamos sobre distanciamento social, como se cuidar na hora de entregar um pedido e funcionou. Você imagina que as pessoas tomariam todas as providências mas é difícil ser adeptos aos protocolos no início. Demorou, mas redobrando as intruções, foi possível no final”.
Alcançar o bem-estar físico e mental
Como resultado da pandemia COVID-19, muitas empresas, em todo o mundo, tiveram que encontrar uma maneira de se reinventar. Foi o caso do Gympass que, não podendo continuar oferecendo um espaço físico onde as pessoas pudessem se exercitar, teve que recorrer a ferramentas digitais para fazer uma grande transformação em seus serviços que poderia aproximá-los dos clientes.
E com as limitações da quarentena, não era hora de abandonar os clientes a um estilo de vida sedentário que afetaria sua saúde física e mental. Por isso, como disse Leandro Caldeira, CEO da Gympass para a América Latina, eles buscaram dar aos seus usuários não apenas outras opções para continuar treinando, mas também espaços onde pudessem aprender a adquirir hábitos alimentares mais saudáveis e onde também cuidassem da sua saúde mental. É provável que esses últimos serviços continuem a ser usados pelas pessoas mesmo depois que a pandemia passar. “Fizemos algumas pesquisas com os usuários para saber se haveria interesse da pessoa em continuar usando a solução digital, mesmo com a academia aberta.” disse Caldeira. “Cerca de 1/5 das pessoas disseram que sim. Sim, eles estão voltando para as academias à medida que se sentem confortáveis. Mas, sim, eventualmente irão complementar o treino na academia, fazendo algum tipo de treino virtual ou utilizando outras soluções ou aplicações de saúde mental, nutrição, tendo uma oferta mais ampla”, concluiu e referiu que também estão apoiando e capacitando as academias que compõem sua rede, tanto nas novas plataformas digitais como nos protocolos que serão implementados no local.
Atitude positiva para enfrentar desafios
Chris Gardner e Glória Maria também participaram do WeWork LATAM Summit 2020, com suas palestras altamente inspiradoras. Ambos, a partir de experiências de vida repletas de desafios, expressaram-se sobre a importância de abraçar a mudança para crescer como pessoa e dar a melhor versão de si na tarefa que realiza.
Chris Gardner foi rinterpretado por Will Smith no filme “Em busca da felicidade” e é hoje um renomado empresário, palestrante motivacional e autor de best-sellers. Durante o evento, ele contou como foi que descobriu o que realmente o mobilizava e como ele trabalha todos os dias para criar confiança nos jovens que desejam seguir seus próprios caminhos.
Por sua vez, Glória Maria, renomada jornalista e entrevistadora brasileira, falou sobre o que é realmente importante na vida e como o reconhecimento disso pode nos ajudar a atingir o bem-estar mental. O primeiro passo para enfrentar os desafios, segundo Glória, é tomá-los como oportunidade de crescimento. “Nenhuma experiência desaparece. Fica com você para sempre”, apontou. “Assim é a vida, se trata de sempre seguir em frente. Sempre aprender. Esteja sempre com os olhos abertos e o coração pronto para qualquer experiência”.
Em um mundo em que a pandemia COVID-19 tem mostrado que a saúde é a principal engrenagem de qualquer atividade que o ser humano realiza. Alcançar o bem-estar físico e mental não é apenas vitalmente importante para os indivíduos, mas as consequências disso têm um impacto positivo no ambiente de trabalho. “Estamos comprometidos e convencidos de que queremos tornar a volta ao escritório uma decisão fácil, uma decisão simples de tomar. Onde a saúde e segurança das equipes é sempre priorizada.”, afirmou Claudio Hidalgo, chefe da WeWork LATAM, no discurso de encerramento do evento.
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