Planos com propósito: inspire-se para fazer o seu melhor

Flexibilidade não deve ser sinônimo de improvisação, atingir nossos objetivos exige planejá-los com uma finalidade e, nesse processo, a tecnologia costuma ser uma grande aliada

Enfrentar os desafios colocados pela pandemia COVID-19 envolve repensar as formas e os espaços de trabalho. Mas, para que esse exercício dê frutos, é importante fazer uma pausa na análise dessas mudanças, para que, ao conduzi-las de forma consciente, tenham um propósito que contribua para sua eficácia. Durante a abertura do WeWork LATAM Summit 2020, Marcelo Claure, CEO da Softbank Group International; CEO da SoftBank Latin American Fund e Presidente Executivo da WeWork disse: “As empresas, grandes e pequenas, estão pensando em como se adaptar a um mundo cheio de novas mudanças, como fazê-lo com segurança e, acima de tudo, com eficiência”.

Quebrando barreiras 

Sem dúvida, na era digital em que vivemos, a tecnologia é uma aliada fundamental para se reinventar. Paula Arregui, COO do Mercado Pago, disse que em nossa região a transformação digital está ajudando a inclusão financeira, especialmente neste contexto particular. O trabalho realizado a partir do Mercado Pago durante a pandemia não foi improvisado, e sim conta com muitos anos de trabalho. “Acho que além de desenvolver ferramentas também tivemos um trabalho muito forte ao longo desses 15 anos em busca da construção da educação financeira a serviço das pessoas”, argumentou. 

Para muitas PMEs e empresários, pensar em vender sem poder abrir as suas instalações à rua parecia impossível. Porém, ferramentas digitais como o link de pagamento, o point e o QR code permitiram que milhões de pessoas continuassem a comercializar seus produtos e serviços para além das restrições do contexto global. “Continuamos a ver a tecnologia no centro da gestação dessas mudanças, dessa inovação, desse pensamento diferente”, indicou Arregui. Além disso, definiu o COVID-19 como “uma situação indesejada”, mas que acelerou o acesso à inclusão financeira em nossa região, o que significa um grande “orgulho e satisfação” para ela. Acrescentou que ainda há muito por fazer. “É um caminho que começamos a percorrer, no qual queremos continuar a gerar impacto, queremos continuar a subir e queremos continuar a educar”, concluiu.

Desenvolvimento visando o futuro

“Se a tecnologia é a ferramenta que nos conecta ao futuro, a programação é a linguagem que todos que desejam continuar construindo essas pontes devem conhecer.”,  Assim afirmou Simón Borrero, CEO da Rappi, em sua entrevista com David Luna. Além disso, Borrero e Luna concordaram que a América Latina tem um enorme potencial para competir no mundo, mas ainda há muito a ser aproveitado. “Acreditamos que temos a capacidade que precisamos para nos tornarmos competitivos e crescer”, decretou o cofundador do aplicativo que não para de ganhar usuários na região. 

“As empresas que integram questões ambientais, sociais e de governança corporativa serão muito mais resilientes em qualquer circunstância”, acrescentou Samantha Ricciardi, CEO da BlackRock México, durante o painel que integrou com Luis Alberto Moreno, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e o economista argentino Santiago Bulat. Os palestrantes concordaram em ver o contexto global como uma oportunidade para projetar e desenvolver estrategicamente ambientes que permitam que empresas e países latino-americanos se adaptem rapidamente a novos contextos e situações de forma eficiente. 

Aprender, capacitar e incorporar novos conhecimentos, é a chave para podermos nos desenvolver com um objetivo, e não com simples improvisação ou colocando todo o peso apenas nas oportunidades que o destino nos oferece. Em última análise, Chris Gardner apontou, em sua palestra, que o que se deve aspirar é ser o melhor no que você faz. Quais são os sinais que nos fazem perceber que realmente conseguimos ser o melhor, depois de se preparar para isso? Segundo o autor e best-seller, isso ocorre quando, ao se deparar com a pergunta “Quem é o melhor neste ramo?” nosso nome vem à luz. E se não nos importarmos que seja assim, argumentou ele, então não estamos no caminho certo. Entusiasmo. Preparação. Foco. Objetivos. Propósito.

O cliente como o centro do propósito 

Quando se trata de planejar estrategicamente, para Marcos Grilanda, chefe da Organização Multi-Países (MCO) da Amazon Web Services, a chave é comece pelo cliente, e não o contrário. “Trabalhar a partir do cliente é um processo em que primeiro entendemos quem é o cliente, o que ele realmente deseja e, a partir daí, começamos a criar”, indicou. Borrero aderiu à mesma linha, cujo lema no Rappi é tornar a vida do usuário mais simples, e Leandro Caldeira, CEO da Gympass para America Latina, que afirmou “Aperfeiçoamos o produto, principalmente, pensando no ecossistema completo. Pensando em soluções que façam bem a todos”.

E se pensarmos na tecnologia como uma ferramenta fundamental para atender às necessidades em constante mudança dos usuários, sua aplicação no espaço de trabalho não está isenta. Durante sua palestra, Claure mencionou como a WeWork está repensando o conceito de Smart Office, criando soluções inovadoras que mesclam espaço e tecnologia. “Imaginem uma experiência de videoconferência mais envolvente do que poderíamos ter em casa. Uma em que possamos colaborar efetivamente com pessoas em outros locais ao redor do mundo, quando eles estiverem em um edifício WeWork na mesma cidade ou em outro lugar do mundo”, apontou. “Adaptabilidade, saúde,  segurança e inovação. Já os conhecemos. E a América Latina tem um enorme potencial para continuar evoluindo e enfrentar o amanhã com sucesso”.

Se você achou este conteúdo interessante e deseja ver mais da primeira edição do WeWork LATAM Summit, você pode acessar sessões on-demand.

Interessado em um espaço de trabalho? Entre em contato.