Como a economia compartilhada ajudou a Embratel a oxigenar sua cultura

Conheça como a empresa de telefonia se beneficiou da economia compartilhada no Brasil por meio dos espaços de coworking

A ideia de que startups e empresas tradicionais eram bastante separadas e até rivais já vingou por um tempo. Os escritórios abertos, a exclusão do dress code e a flexibilidade em horários e processos eram vistos com ceticismo fora de círculos que alguns, à época, chamariam de moderninhos.

Contudo, esse tempo ficou para trás: hoje inovar é sobreviver e cultura tem tudo a ver com isso. Para entender como uma empresa de telefonia pode se beneficiar da economia compartilhada,  conversamos com Devanil Rueda, gerente de tecnologia e inovação da Embratel

O papo foi sobre cultura organizacional, inovação, economia compartilhada, coworking e muito mais. É só seguir a leitura.

(…) muitos questionam ‘mas é telecom, o que tem a ver com tecnologia e inovação?’. Todas as empresas estão virando empresas de tecnologia, e não é diferente conosco. Óbvio que não vamos deixar nosso core, mas, em alguns casos, precisaremos ampliar nossas ofertas ao mercado com a utilização da tecnologia.” – Devanil Rigo Rueda

O que é economia compartilhada?

Economia compartilhada é um termo ainda sob disputa, o que pode causar algumas doses de discordância — especialmente quando tentamos distinguir de outros conceitos como economia colaborativa. 

April Rinne, em um artigo para o Fórum Econômico Mundial, define a expressão como o compartilhamento de ativos subutilizados, aumentando a sustentabilidade, eficiência e senso de comunidade — nós gostamos, em especial, dessa última palavra: comunidade. 

Em uma explicação paralela, economia compartilhada diz muito sobre passar de uma mentalidade de posse para uma outra de uso. Entenda melhor com o caso da Embratel.

Os benefícios da Embratel com a economia compartilhada

Devanil explicou que grande parte da parceria da Embratel com a WeWork se dá por meio da promoção de job rotation, “Fazemos muito job rotation de posições. A pessoa fica um mês aqui [no coworking da WeWork] e volta para lá [o prédio próprio da Embratel] com uma cabeça totalmente diferente”. 

A seguir, confira três benefícios que a parceria com a WeWork trouxe para a tradicional empresa de telecomunicação e confira mais trechos da nossa conversa com Devanil Rueda.

Oxigenar a cultura

A cultura de uma empresa é seu alicerce e tem o poder de guiar o mindset de todos na companhia. Porém, para empresas tradicionais, que são de uma época anterior à demanda constante por inovação dos dias de hoje, uma modernização pode fazer muito bem.

Esse foi o primeiro benefício citado por Devanil quando perguntado sobre as vantagens trazidas pelo espaço da Embratel em um dos coworkings da WeWork na capital paulista: “principalmente a mudança de mindset. Quando você está dentro da companhia, você tem uma cultura impregnada — e não falo de uma forma pejorativa, mas a cultura já existe e está estabelecida. As pessoas já pensam e agem de uma determinada forma. Quando tiramos os profissionais de dentro dos nossos prédios e trazemos para um local de compartilhamento como este que estamos, o maior benefício é esse respiro da cultura”.

Isso não significa abandonar as bases que compõem a cultura da empresa, mas permitir que, por meio dessa troca, crie-se as condições para absorver um pouco do que as empresas digitais ensinaram ao longo das últimas duas décadas. “Precisamos respeitar as grandes corporações, fazemos muitas coisas boas, por isso conseguimos chegar até aqui, não viraremos uma startup. Mas, precisamos ver o que as startups fazem de bom e implementar dentro de casa”, completou o gerente da Embratel.

Criar uma rotina mais flexível e atrativa aos funcionários

Respirar a cultura da nossa época também é uma questão de se comunicar, atrair e reter os talentos que cresceram influenciados por símbolos que são próprios da economia compartilhada. Devanil conta que na área de desenvolvimento de software, a primeira pergunta dos profissionais é: 

“Pode ir de bermuda? Tem horário flexível? Tem home office? — e já estamos atuando desta forma em casa, porque aprendemos com o nosso projeto aqui no coworking” — acrescenta. No caso da parceria da Embratel com a WeWork, essa cultura se reflete na possibilidade de romper fronteiras e conectar os executivos, fisicamente, à realidade da uma economia que, além de colaborativa, é global. 

Isso é possível graças ao acesso à rede global de escritórios da WeWork. “Nesses tempos um executivo do grupo viajou para os EUA e precisava realizar uma reunião. Antes, ele iria buscar algum restaurante ou mesmo padaria para isso. Mas, desta vez, ele pôde usar uma sala da WeWork, já que o prédio estava próximo dele. Eu mesmo reservei para ele pelo app e deu certo”, contou Devanil.

Gerar um ambiente propício à inovação

A economia colaborativa ainda oferece um ambiente físico que é propício ao florescimento da inovação.  O contato com outras empresas — a maioria um tanto mais jovens — permite o intercâmbio de ideias, inclusive no café, e incentiva o uso de ferramentas de gestão modernas.

Mais do que isso, é uma oportunidade única para que empresas de telecom, como a Embratel, sigam o caminho que tem sido trilhado por muitas das maiores companhias do mundo, com destaque para o setor bancário: se conectar ao ecossistema de startups.

Devanil compartilhou um case de sucesso particular que vai, exatamente, nesse sentido: “Estava tomando um café, quando vi uma startup que não era do prédio se apresentar a outra startup. Eu gostei da ideia deles, pedi um cartão e hoje eles são nossos parceiros em inovation. Foi até um pouco mal-educado da minha parte (risos), porque eu fiquei ouvindo a conversa, mas aqui é assim mesmo, somos um ambiente compartilhado”.

Gostou de conhecer um pouco mais sobre como a Embratel, parte do Grupo Claro, se beneficiou da economia compartilhada no Brasil por meio dos espaços de coworkings da WeWork? Então, entre em contato conosco e vamos conversar sobre como podemos fazer o mesmo pela sua empresa.

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