4 previsões de transformação digital que vão revolucionar o mercado

Conheça 4 previsões de transformação digital que vão revolucionar o mercado, a cultura corporativa e como entregamos valor aos clientes.

Uma pesquisa da Forrester entrevistou 1600 profissionais em cargos de decisão de enterprises americanas e europeias. 21% responderam que o processo de transformação digital em suas empresas já estava concluído. 

Ted Schadler, VP da Forrester, analisa esse e outros dados da pesquisa e não consegue evitar ironizar o fato de que um quinto desses profissionais acreditem, realmente, que suas empresas já são 100% digitais — ele discorda bastante da auto-imagem desses executivos.  Em uma outra pesquisa brasileira e encomendada pela Confederação Nacional da Indústria em 2019, de um total de 100 CEO’s entrevistados, 31% responderam que inovam para continuar existindo no longo prazo — essa resposta cresceu 14% em relação ao levantamento de 2015.

Entre os que se debruçam sobre a matéria parece consensual que você pode até estar cansado de ouvir falar em transformação digital — mas essa é uma história que está só no começo. Trazemos 4 previsões de transformação digital nas empresas para os próximos anos

Nossas 4 previsões de transformação digital

A empresa Saas Salesforce define transformação digital como “o processo de [passar a] usar tecnologias digitais para criar novos — ou modificar os existentes — processos, cultura e experiência do cliente para ir ao encontro do que o mercado exige”.

Trazemos para você 4 previsões de transformação digital nas empresas que prometem mexer com o modo como fazemos processos, vivemos cultura corporativa e entregamos valor aos clientes.

1. O blockchain (muito) além das moedas virtuais

O blockchain — essencialmente uma rede de troca de informações descentralizada — ganhou notoriedade junto à mais famosa das moedas digitais, o Bitcoin, em um já distante ano de 2008. Hoje é possível pensar o blockchain e suas aplicações sem nem tocar no assunto das moedas virtuais. A tecnologia já demonstrou seu potencial de alinhar segurança e privacidade, demandas urgentes de clientes, com mais eficiência e muito menos custos com segurança digital de servidores próprios. 

O setor financeiro, naturalmente, é o que parece mais à frente nessa matéria. Por aqui, uma das promessas é de que o blockchain pode ser a ferramenta para viabilizar um sistema bancário único no Brasil. O projeto leva o nome de FinID – Sistema de Identidade Digital Descentralizada. A ideia é de que, com uma identidade, seja possível transitar por todas as instituições financeiras.

Porém, não para por aí. A lista de empresas que hoje investem e estudam as aplicações do blockchain é vasta e inclui empresas como Carrefour, Smithfield e Nestlé, que em parceria com a IBM já testam o uso da tecnologia no controle de suas cadeias de produção e distribuição. A estimativa do TechRepublic é que, na indústria, até 2023, 30% das empresas com mais de 5 bilhões de dólares de receita anual estarão utilizando redes descentralizadas para trackear e auditar suas cadeias produtivas — e vão economizar muito com isso.

2. O que faremos em relação ao armazenamento de dados?

O mundo corporativo é cheio de expressões que surgem e tomam conta do debate. Algumas delas são brisas passageiras, outras ganham notoriedade porque conseguem, de fato, implementar algo: é esse o caso da alardeada cultura data-driven.

Hoje, já vivemos em um mundo de massiva produção de dados — e, por falar neles, um estudo da IBM estimou que, em 2017, 90% de todos os dados armazenados tinham dois anos ou menos. A ideia de gestores e executivos tomando decisões por puro feeling e/ou apelos à experiência e à autoridade é cada vez mais rara nas salas de reuniões.

Cases recentes hipernoticiados — especialmente os vindos da indústria do entretenimento, caso de Disney e Netflix — tornam-se contos de fadas corporativos sobre como um data-driven decision making muda as regras do jogo e se converte em receita. 

Se entre as grandes companhias, produzir quantidades gigantescas de dados utilizando ferramentas de ponta de big data e armazenamento em nuvem já é o presente, a última fronteira parece estar na qualificação desses dados e na criação dessa cultura. Um cenário em que todos, do estagiário ao executivo do RH e Comunicação, tenham as ferramentas e o treinamento para encontrar a  análise exata para cada decisão a ser tomada. 

Executivos estão sedentos para ver, afinal, qual o ROI essa história toda de big data tem para oferecer. Essa é a pressão que deve se intensificar nos próximos anos. Essa é a nossa segunda promessa da transformação digital.

3. A experiência do funcionário (EX) como um ativo

Se termos como CX (customer experience) e UX (user experience) marcaram o debate empresarial nos últimos anos, uma das apostas é que um novo X vem aí, o EX (employee experience). Outra expectativa é que a experiência e o sucesso do funcionário se tornarão um ativo de empresas sedentas por atrair e reter os talentos capazes de guiá-las pela transformação digital.  

Essa é a aposta de Nadir Hirji, executivo de transformação digital da PwC Canada e membro do conselho de tecnologia da Forbes, em artigo escrito no começo de 2020. Um dos argumentos de Hirji é uma pesquisa com CEO’s canadenses, em que 27% respondeu que a maior barreira para o sucesso na transformação digital é a falta de talentos com as qualidades necessárias.

A expectativa é que os próximos anos marquem a popularização da experiência do colaborador como um ativo que empresas construirão, a fim de disputar o melhor da mão de obra que sairá, em especial, das faculdades de tecnologia. Não deixa de ser curioso pensar que um processo, que está bastante conectado à Inteligência Artificial e capacitar máquinas para ser mais humanas, possa hoje esbarrar na falta de talento humano.

4. Mais e mais transformação digital

Entre especialistas uma expressão bastante usada  para se referir ao momento da transformação digital é “say-do gap”: o espaço existente entre as respostas de executivos e a prática dos negócios quando o assunto é transformação digital nas empresas. A nossa quarta previsão é que líderes e gestores irão encarar o desafio de encurtar esse espaço.

A expectativa é que 2020 chegue ao seu fim com 30% das empresas do G2000 da Forbes investindo um mínimo de 10% da receita em tecnologias e estratégias de transformação digital. Ainda, até 2023, 95% terá incorporado novos KPI’s, voltados para a digitalização e passando por áreas como EX, capitalização de dados e índices de inovação tecnológica. Os dados são de estudo da International Data Corporation (IDC)
A péssima notícia para quem acha que essa história de transformação digital já está ficando batida é que está apenas no começo. Os próximos anos devem ser marcados por mais desse debate — mesmo o termo transformação digital, em si, parece apenas ganhar mais tração desde quando estourou em 2014.

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